Restos de Colecção: Pulverização Agroquímica

30 de outubro de 2013

Pulverização Agroquímica

A pulverização agroquímica é um importantíssimo auxiliar dos agricultores, na pulverização de fertilizantes, no combate às plantas daninhas, insectos, pragas, etc.

 

 

O primeiro pesticida moderno foi o DDT que foi sintetizado pela primeira vez em 1874 por Othmar Zeildler. Só em 1939, as suas propriedades insecticidas foram descobertas pelo suíço Paul Hermann Müller da “Geigy Pharmaceutical”, que foi galardoado, em 1948, com o prémio Nobel da medicina, por descobrir a eficácia do DDT como veneno de contacto contra vários tipos de artrópodes. Esta descoberta foi muito importante pelo seu potencial no uso da erradicação de insectos que provocavam doenças e que destruíam as colheitas na agricultura.

Primeiras pulverizações com DDT

Quanto à utilização de produtos químicos na agricultura, a história regista há cerca de 3.000 anos atrás o uso de produtos químicos, como o cobre e o enxofre, no controle de doenças e pragas. Até antes da II Grande Guerra Mundial eram insignificantes as quantidades desses produtos utilizadas no mundo todo, e os equipamentos de aplicação eram extremamente rudimentares

Durante a II Guerra Mundial começaram as pesquisas de desenvolvimento de armas químicas. Com o fim da Guerra alguns países tomaram conhecimento de todo o desenvolvimento dessa tecnologia, modificaram e utilizaram os produtos químicos para o controle de doenças e plantas daninhas na proteção de culturas.

Ferramentas rudimentares de pulverização agrícola nos USA

 

O grande desenvolvimento da agricultura nos Estados Unidos, após o final da Segunda Guerra e a grande quantidade de produtos químicos fabricados, favoreceu para que muitos pilotos de aviões-caça desempregados tornarem-se pilotos agrícolas. Nessa época aconteceu a explosão da aviação agrícola nos Estados Unidos. Os aviões de treinamento e combate foram modificados para aviões pulverizadores.

Primeiros meios aéreos utilizados na pulverização nos USA

 

Rudimentares adaptações de tambores e mangueiras instaladas em aviões eram os equipamentos com que realizavam as pulverizações, nessa época.

As fotos seguintes retratam os métodos empregues na pulverização agroquímica em Portugal nos finais dos anos 50 e princípio dos anos 60 do século XX.

Agroquímica em Portugal

 

 

                                

      

Exemplo da pulverização aérea em Portugal foi a  “Agran - Agroquímica de Angola SARL”, fundada em 1960. Era uma empresa, da província ultramarina de Angola que, juntamente com a Angol, Moçacor, Siol, CIdla e Nitratos de Portugal pertencia ao grupo “SACOR”.

Avião para pulverização aérea da “Agran - Agroquímica de Angola SARL” em 1961

“Agran - Agroquímica de Angola SA”, ainda existe continuando sediada em Luanda. Foi detida a 99% pela subsidiária da “Galp Energia SGPS, S.A.”, a “Petrogal Angola, Lda.”. Em em 2006, a “Petrogal Angola, Lda.” alienou esta participação ao grupo angolano “Comfabril”, pelo que a Agran está actualmente inserida neste grupo.

fotos in: Biblioteca de Arte-Fundação Calouste Gulbenkian, Hemeroteca Digital

2 comentários:

Anónimo disse...

Fez-me lembrar do anúncio sobre a família Prudêncio.
AM

J. Castro disse...

Infelizmente existe desde há alguns anos a esta parte, um movimento de extremistas que pretendem banir a aplicação dos produtos agroquímicos. Esquecem-se, no entanto, de que se não fossem esses produtos, possivelmente nunca teriam nascido, pois os seus pais já não teriam que comer! Como em tudo na vida, há que ter equilíbrio, e se as culturas tradicionais forem tratadas correctamente com os vulgo pesticidas, elas são menos perigosas do que muitas culturas também vulgar e erradamente chamadas "biológicas", pois estas para além de poderem provocar uma série de bacterioses, são produzidas, a maioria, sabe-se lá como!